quinta-feira, 19 de junho de 2008

Da Nossa Imortalidade

(Jefferson Castro)

Tenho visto circular uma mensagem do Senhor Juremir Machado da Silva pela Internet, principalmente em espaços onde há algum gremista. A mensagem deste diz:

"... Eu 'seco', mas também desejo que um dia o Grêmio alcance, a exemplo do Inter, um título mundial de clubes Fifa. Não agora. Mais tarde. Sou contra falsificações, cópias, clones e outras derivações. Eu teria mais apreço pelos gremistas se eles vissem o próprio clube como representante de uma 'alma gaudéria', não de uma 'alma castelhana' trazida de contrabando. O assunto, porém, é 'secar'. Trata-se de uma arte. Exige requinte, concentração, rituais e fé. Quero lembrar aos gremistas que, como diz o ditado, Santos fora de casa fazem milagres. Um desses milagres é o da multiplicação dos gols. Na verdade, eu preferia não 'secar'. Mas aprendi que nunca se deve dar mole para gremista. O menor sinal de COMPAIXÃO ou de TOLERÂNCIA leva sempre a arrependimento. O gremista básico é dominado por um sentimento esdrúxulo de superioridade. A prova disso é essa ilusão da 'imortalidade' que começa a ser tomada como uma verdade. Se o Grêmio é imortal, os Santos são eternos...".

Fico abismado com a falta de percepção deste homem ao escrever a passagem acima. Como "secador" que é, tenta de todas as formas descaracterizar a conquista tricolor de 1983. Cito falta de percepção pois, ao mesmo tempo em que ele afirma que o Grêmio não tem o Título do Mundial Interclubes da FIFA acaba, não sei por qual motivo, deixando escapar que é contra cópia, falsificação, clone, o que provavelmente vem a ser a idéia dele sobre o nosso mundial e, assim sendo, admitindo que temos o mesmo título que eles.

Outro fator que me tira o sossego (mas juro que é bem pouquinho), é quando ele fala sobre a idéia de "alma castelhana", tão citada entre a torcida gremista. Talvez lhe refresque a mente se eu lembrá-lo que, já que o assunto é secar, no dia 20/06/2007 era a torcida colorada quem figurava de "alma castelhana", esquecendo, como num passe de mágica, todas as vezes que o Inter lançou o tradicional "fogão 4 BOCAs". Chegava a soar engraçado eles falando sobre dançar tango e gritando aos 4 ventos "Soy del Boca" (QUE TORCIDA APAIXONADA!).

Parando um pouco com as "alfinetadas", prefiro falar um pouco sobre a "Alma Gaudéria", a qual ele também menciona e, pelo visto esquece que é a única virtude que o time dele nunca conseguiu ter. "Alma gaudéria", de Dinho, de Sandro Goiano, de Herrera e de todos aqueles gremistas que sempre fizeram do campo de futebol um espaço onde o adversário se sentia acoado frente a tanta raça. "Alma gaudéria" de Felipão, do Grêmio de 1995 e de todos os Grêmios até hoje, que lutam bravamente por cada centímetro quadrado dentro das linhas demarcatórias do tapete verde, nosso campo de batalha preferido. E não te engana amigo colorado: Não digo que somos a favor da violência no futebol. Apenas somos a favor das batalhas limpas que valem títulos e glórias, confiando em viradas extraordinárias onde a coragem e a entrega valem muito mais do que "3 balõeszinhos de ombro".

Indo além, afirmo que o "gremista básico" não existe. O que existe é gremista apaixonado por um clube de futebol que sempre mostra a que veio. Não ouse falar sobre nosso sentimento que, quer você tente entender, nunca conseguirá. Nosso sentimento não é de superioridade, mas de confiança, sempre! O decadente "campeão mundial" colorado ainda é novo demais em meio aos grandes do futebol para entender que "um caneco" ganho com o maior esforço tem sempre o dobro do valor.

Após tudo isso dito, creio que vocês, colorados, estarão aptos a entender (apenas entender) que "imortalidade" nada tem a ver com ganhar ou perder jogos ou campeonatos. Nossa Imortalidade está no espírito guerreiro de ser, na bravura de cada um que se dedica a torcer, vibrar, lutar por um ideal e, principalmente, no reconhecimento do esforço dedicado para se atingir um ideal. Assim sendo, Imortal não é quem nunca perde UMA BATALHA, mas QUEM NUNCA DEIXA UM AMOR MORRER!!

Reflexão sobre a “Crítica à Metodologia Expositiva”, de Celso Vasconcellos.

(Jefferson Castro)

Durante a leitura do texto de Vasconcellos, fica evidente a preocupação do autor para com o fato das dificuldades de superação da metodologia expositiva que, para ele, acabam engessando os alunos para tentativas inovadoras e eficientes. Ele aponta para vários aspectos legitimadores e sustentadores de métodos tradicionais nas escolas, tais como a pressão social (de pais, de alunos, dos professores e da própria escola), a avaliação (na medida em que cobra do aluno respostas mecânicas e prontas), imposição de tarefas a cumprir (necessidade de cumprir com os assuntos do programa curricular), baixo custo para a educação, comodidade do professor (pela facilidade de expor assuntos sem questionamentos) e a reprodução social (educação alienada; forma-se a mão de obra para o sistema vigente).

O texto nos convida a uma viagem histórica para que se compreenda a fundamentação e a formação dos preceitos que impregnam a educação.

Numa crítica mais direta, inúmeros fatores negativos são levantados pelo autor, pautados pela ineficácia, para alunos e professores, das simples exposições de temas e assuntos descontextualizados de uma realidade concreta. Para Vasconcellos, as metodologias do paradigma educacional tradicional são alienantes e trabalham com a memorização de respostas mecânicas, prontas para serem expelidas como reação a um determinado (e exato) estímulo: uma pergunta própria/adequada/direta, de preferência igual à de sempre. Não se pensa nem se reflete, não se permite ao educando a inquietação/indagação, tão valorizada por Paulo Freire, pois o que importa é a exposição do professor que está a frente da turma como representante de uma verdade acabada, que possui um fim em si.

Para finalizar, destaco um questionamento levantado por Vasconcellos em seu texto, no momento em que dispara contra a hiper-valorização que se dá ao cumprimento do currículo escolar (ressalto que o professor raramente participa da sua elaboração), e que é bastante pertinente e necessária a qualquer profissional da área da Educação: “a tarefa fundamental do educador é cumprir o programa ou propiciar a aprendizagem dos educandos?”. Dessa forma, provoco: onde está a prioridade da nossa educação?

Referências bibliográficas:
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. 13ª Ed. – São Paulo; Libertad, 2002.


segunda-feira, 16 de junho de 2008

Um balaço contra o comodismo...

Uma frase para começar a semana (melhor)...


"É melhor atirar-se em luta, em busca de dias melhores, do que permanecer estático como os pobres de espírito, que não lutaram, mas também não venceram. Que não conheceram a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra, não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se diante dele, por simplesmente, haverem passado pela vida."
(Robert Nesta Marley - "Bob Marley")


FAÇA ACONTECER!!


sexta-feira, 13 de junho de 2008

Soletrando...

Atendendo a pedidos (e alguns empurrões que clamavam uma atualização)...

Gostaria de ver o pequeno campeão nacional de soletração vencer um Maori (povo nativo da NZ) nessa empreitada.

Atenção, brasileirinho aloprado... Para ser o campeão mundial de soletração, soletre corretamente a palavra:



Se você conseguiu, parabéns... Se vc não conseguiu, soletração não é a sua área!!rsrs