terça-feira, 11 de agosto de 2009

A maior dificuldade...

Já não sei o que pensar e, para ser bem mais sincero, JÁ NEM PENSO PARA SABER...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Meu eu comigo mesmo... Teu tu contigo mesmo!!

Estar sozinho, ficar calado.
Até porque, como costumam dizer, falar sozinho é coisa de louco...

Permanecer por tempos imerso e preso nos próprios pensamentos, sem conseguir sequer desviar a atenção para qualquer outra coisa que vá além dos "PROBLEMAS"! Isso não é ruim, não é negativo... Está longe de ser um abandono à vida. Neste caso, é justamente o contrário!

Vivemos numa busca incessante pela satisfação de necessidades. Veja bem... prefiro repetir: SATISFAÇÃO. E satisfazer é saciar, deixar algo completo, pleno, cheio. Quando saciamos uma ou mais de nossas necessidades, surgem outras, diferentes e novas necessidades que exigem o esforço pessoal para a sua satisfação.

Amar é uma necessidade sim (assim como ser amado). Ter amigos, também (assim como ser amigo). Ambas tão fundamentais quanto as necessidades mais básicas de nossas vidas: respirar, comer, defecar (aos que me conhecem bem, prefiro CAGAR...Sem frescura!), urinar (do mesmo modo que CAGO, EU MIJO!), dormir...

Todas as necessidades listadas acima (e todas aquelas que tu pensastes aí) - com exceção das nossas necessidades biológicas/fisiológicas -, ao que parecem de imediato, são necessidades que parecem transitar entre duas pessoas [em um relacionamento qualquer]. AMAR E SER AMADO. RESPEITAR E SER RESPEITADO. TER AMIGOS E SER AMIGO. Até aí, tudo okay...

Prefiro deixar aqui uma pergunta para evitar ferir a proposta mesma deste texto.

Se para partirmos para outras necessidades devemos primeiro satisfazer necessidades "anteriores", o que seria mais anterior do que buscarmos satisfazer as necessidades que temos conosco mesmos?

E disso fica:
Para amarmos alguém e recebermos esse amor de volta, devemos ter AMOR PRÓPRIO primeiramente. Para respeitarmos alguém e podermos ser respeitados, devemos nos respeitar antes de tudo. Para termos amigos, exige-se que sejamos amigos das pessoas e, antes de tudo, que nos suportemos por si (literalmente, que sejamos amigos de nós mesmos).


De nada vale ir adiante sem ter saciado as tuas necessidades mais essenciais.
Seguir a vida de qualquer jeito é desrespeitar-se, enganar-se (e, muito provavelmente, estarás desrespeitando alguém, enganando alguém).

Ama-te, suporta-te, gosta-te, respeita-te, entenda-te... É só tu e tu mesmo! Não viva na ilusão de que encontrarás no outro aquilo que tu mesmo não possui. Sejas honesto e jogue limpo... CONTIGO MESMO!

De nada vale criar ilusões, falsas ilusões. Sonhar, sim. Mas SONHAR é outra coisa!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Amor e a Loucura

(Autor desconhecido, extraído do blog http://pijama-mistico.blogspot.com/)

Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos
qualidades e defeitos dos homens em algum lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez,
a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:

Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e
a CURIOSIDADE sem poder conter-se perguntou?
Esconde-esconde?
Como é isso?
É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e
começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem,
e quando eu tiver terminado de contar,
o primeiro de vocês que eu encontrar,
ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer
a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessavam por nada.

Mas nem todos quiseram participar....
A VERDADE preferiu não esconder-se...
"Para quê, se no final todos me encontram?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto
(no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela).
A COVARDIA preferiu não arriscar-se.
Um, dois, três, quatro...começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA,
que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO,
que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.

A GENEROSIDADE quase que não consegue esconder-se,
pois cada local que encontrava,
lhe parecia maravilhoso para alguns de seus amigos.
Se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA.
Se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ..
Se era o vôo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA.
Se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE.
E assim... acabou escondendo-se em um raio de sol.

O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início...
ventilado, cômodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano
(mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris)...
e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO não recordo-me onde escondeu-se,
mas isso não é o mais importante.

Quando a LOUCURA já estava lá por volta dos 999.999,
o AMOR ainda não havia encontrado um lugar para esconder-se,
pois todos já estavam ocupados,
até que encontrou uma roseira e,
carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas flores.

A primeira a aparecer foi a PRESSA,
apenas a 3 passos de uma pedra.
Depois escutou-se a FÉ discutindo com Deus,
no céu, sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Em um descuido a LOUCURA encontrou a INVEJA,
e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo:
ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo,
que na verdade era um ninho de vespas.

De tanto caminhar a LOUCURA sentiu sede
e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA, foi mais fácil ainda,
pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir
de que lado se esconder.
E assim ... foi encontrando a todos.

O TALENTO entre a erva fresca,
a ANGÚSTIA em uma cova escura,
a MENTIRA atrás do arco-íris
(mentira, estava no fundo do oceano)
e até o ESQUECIMENTO que já havia esquecido
que também estava brincando de esconde-esconde.

Apenas o AMOR não aparecia em nenhum lugar.

A LOUCURA, procurou atrás de cada árvore,
embaixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas.
Quando estava a ponto de dar-se por vencida,
encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos,
quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito....
os espinhos haviam ferido o AMOR nos olhos.

A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se....
Chorou, rezou, implorou, pediu perdão
e até prometeu ser seu Guia.
Desde então...
desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra,
o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Meu erro...


(Escrito por Jefferson Castro)



Talvez tenham chegado os tempos que eu tanto temia...

A racionalidade pessoal se deixou superar pelo sentimentalismo provindo de uma [ir]racionalidade coletiva. Já não se pensa o que se quer... Vivemos tendenciados a acreditar naquilo que muitos acreditam. Sentimos necessidade de ver "nosso pensamento" amparado pelo pensamentos de alguém mais!

O que há de errado nisso? Se "nossos pensamentos" estão de acordo com os pensamentos de alguém mais, isso nos traz o sentido de que não estamos sozinhos no mundo, bem como nos entorpece com a [falsa] ilusão de que "nosso pensamento" é correto. Seria isso mesmo verdade? Talvez nem sempre...

Prefiro acreditar que precisamos nos tornar SUJEITOS de nosso próprio pensamento. Saber o que se quer, saber o que se defende, saber o que se pretende... Assim, digo, SÓ ASSIM, não sinto [EU] a imensa necessidade de escorar MEU PENSAMENTO por sobre os pensamentos dos demais, utilizando as idéias dos outros como muletas que me darão [FALSA, de novo] sustentação. Torno-me, portanto, SUJEITO DE MIM MESMO.

Não afirmo ser esta uma tarefa simples. Eu mesmo tropeço e muito nessa vida, topando com um mundo de bordões que se fazem verdadeiros pelo número grotesco de seguidores que deles se apropriam. É díficil, realmente! Conseguir pensar por si, portanto, acaba sendo tarefa para ousados, incansáveis e persistentes. Ousaria afirmar aqui que pensar por si é tarefa de SONHADORES.

Chegando ao MEU ERRO..., ando temeroso quanto ao "pensamento coletivo", digo, quanto à descaracterização do pensamento. Pensamentos de outros, válidos para outros, sem cara, sem identidade... Pensamentos provindos de outras vidas, de outras realidades, de outras cabeças, de outras pessoas, TALVEZ NUNCA NOS SEJAM REALMENTE ÚTEIS. Pensar parecido, acontece, de fato. Aproveitar os pensamentos dos outros para FUNDAMENTAR, DAR SUPORTE aos nossos próprios pensamentos, é válido...

E segue a pergunta básica: Mas o que há de errado nisso? Talvez nada, para quem pouco se importa com o fato de tentar viver a vida por si, para quem não deseja experimentar realmente o gosto do mundo com seu tempero favorito [como o toque especial do Cheff].
E talvez esteja tudo errado para aqueles que ainda buscam experimentar a vida como gostam, defendendo seus princípios, lutando pela liberdade...

... e quanto ao Meu erro...

...Talvez eu tenha pensado demais. Talvez eu tenha percebido que não vivo com a cabeça dos outros, com os pensamentos dos outros. Talvez eu tenha notado que os pensamentos dos outros (e aquilo que acham ou deixam de achar) não podem "fazer a minha cabeça" e, assim sendo, não compreendí quem estava do meu lado tendenciada pela força da massa de pensamentos que a incomodavam (e a incomodam até agora).

O meu erro foi ter sido amigo quando achava, por mim, que ser amigo era correto. Meu erro foi ter dado atenção a quem precisou de atenção em algum momento. O meu erro foi, simplesmente, TER ME TORNADO DONO DOS MEUS PENSAMENTOS EM UM MUNDO NO QUAL AS PESSOAS TOMAM PARA SI, COMO PRÓPRIO, O QUE É DO COLETIVO.

Se há amor, há confiança. Se há amor, há respeito. Se há amor, independente do que o coletivo fale, faça aquilo que você acredita ser certo e que, em seu íntimo, faz o seu coração vibrar.